segunda-feira, 30 de março de 2015

Análise da dupla: Grêmio ainda melhor e merecimento sem convencimento do Inter

Pelo lado azul, a série de jogos invictos ganhou mais um capítulo feliz, em um 2x0 fácil pra cima do São Paulo de Rio Grande na Arena. O Grêmio foi consistente durante toda a partida, e o adversário pouco deu trabalho para o time de Felipão. Bem postado em campo e com um sistema de defesa impenetrável, o tricolor foi intenso na maior parte do jogo, com boas atuações da maioria dos jogadores escalados por Luis Felipe. Destaque positivo para Luann, que participou ativamente da partida, marcando 2 gols e tendo outras duas chances claras. O destaque individual negativo vai para o centro-avante gremista Braian Rodríguez, que pouco fez em campo, e foi substituído por um competente Éverton no intervalo. Talvez Braian tenha sentido a lesão que afeta seu ombro, e que possa justificar sua atuação ruim no domingo: a de um jogador que não conseguia adiantar-se aos defensores e prendia as jogadas de profundidade e triangulação da equipe. Fora isso, o Grêmio em geral teve outro destaque negativo: o excesso de chances perdidas. A finalização foi um ponto a ser criticado no fim do jogo, quando o Grêmio empilhou chances na primeira etapa e não conseguiu tirar o zero do placar. Sendo este um problema de cunho de técnico, a solução só vem com treinamento. Pontuando: o Grêmio vem muito bem, obrigado, e continua crescendo, com atuações ainda e cada vez melhores.

Merecer sem convencer. Essa é a máxima dos últimos jogos do Inter. Ainda sem esquema e padrão de jogo definido, o Colorado se sustenta nas soluções individuais do elenco comandado por Aguirre. O Inter tem um grupo excelente, ponto. Mas a pergunta que permanece na maioria dos torcedores é: até quando o time continuará ganhando sem mostrar um bom futebol? É perceptível essa questão ao analisarmos o jogo vencido por 1x0 pelo Inter diante de um quase (e depois concretizado) rebaixado União Frederiquense. Não conseguimos ver em momento algum um padrão tático no Inter: sem triangulações, com pouca aproximação de jogadores e um distanciamento ferrenho entre as linhas. Fabrício apoiava, por vezes, sem sentido. Nico não foi tão bem. Anderson mostrou evolução ao entra. Sasha e Valdívia, este último autor do gol da vitória, foram os destaques de um Inter que se sobressai tecnicamente. E foi assim que o Inter ganhou o jogo: no individualismo. O time de Aguirre ainda sentiu os resquícios óbvios da falta do capitão D'Alessandro. Alex foi esforçado, com uma bola na trave e tentativa de passes e lançamentos, mas nada que se compare à organização que o argentino D'Ale impõe em campo. Pra finalizar: por enquanto, Aguirre é respaldado pelos resultados. Quando os mesmos não surgirem... a história passará a ser outra.  

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