quinta-feira, 9 de abril de 2015

UFA! Classificação suada do Grêmio não esconde os erros

Foi pra matar cardíaco. A exemplo do rival, que penou para se classificar ontem, o Grêmio não teve vida fácil diante do Novo Hamburgo. Tentou, tentou e tentou e as chances se acumularam em bolas na trave, chutes por cima e ataques na base do "abafa". O Grêmio não jogou bem. Erros de passe, transições incompletas e a falta de precisão técnica levavam - até a cabeçada salvadora de Geromel - a uma tragédia na Arena. O Novo Hamburgo segurava o jogo, com tentativas de retenção de bola. E só. O caminho se abria para o Grêmio, e a falta de pontaria era nítida. Braian, mais uma vez, foi um jogador apagado. Mamute deve, com toda a certeza, ser, a partir de hoje, o titular da equipe. Yuri, como agora quer ser chamado, sofreu pênalti, faltas e correu atrás do jogo. Douglas, outra vez, se mostrou pouco decisivo quando realmente precisa-se dele. Errou uma penalidade e desperdiçou outras chances. O que o salva, porém, é que pelo menos criou estas oportunidades. 

O tempo ia passando, e o 1x1 insistente encaminhou a partida para os pênaltis. E aí foi mais suado ainda: até a 4° cobrança, todos os jogadores, de ambas as equipes, haviam acertado. Éverton errou, e o Nóia converteu. Coube a Douglas acertar a quinta cobrança e a Marcelo Grohe evitar o vexame na Arena. Marcelo salvou o Grêmio nos pênaltis decisivos e deu a equipe a classificação. Se o Grêmio mereceu passar? Pelo que criou durante o jogo sim, mas os erros não passaram despercebidos. Falhas de cunho individual e técnico devem ser corrigidas. Domingo a pedreira já é o primeiro jogo contra o Juventude, pelas semifinais.

NO SUFOCO: Inter se classifica, mas não se "qualifica"

Mais um jogo pra assustar o torcedor colorado. Na noite de ontem, diante do Cruzeiro, o Inter suou, batalhou, e empatou uma partida que se encaminhava para um fim um tanto quanto trágico. Poder de reação o Inter tem? Tem! Jogadores de qualidade? Tem também! Então o que falta à equipe? Qualidade técnica! No jogo de ontem, o Internacional empilhou chances desperdiçadas, deu brechas para o adversário e, PIMBA! Tomou dois gols. Lembrou de algo torcedor? Sim, parecia o Emelec, mas foi mais díficil ainda: O Inter foi seu próprio inimigo no Beira Rio. Quando lembramos daquele velho ditado "quem não faz, leva", não é em vão. Sasha errou muito, mas buscou o jogo. Nilmar, nem uma nem outra. D'Alessandro, quem diria, errou. Restou a Lisandro Lópes, que entrou no segundo tempo, a tarefa de empatar a partida, convertendo um pênalti e fazendo e em outra oportunidade sendo o que um centroavante deve ser: decisivo e oportunista em seu posicionamento. O Inter ainda deu sorte na decisão por pênaltis: pal falta de pontaria cruzeirense e o azar de Bruno Grassi, que "quase" defendeu a cobrança de Juan.

Ainda falta para o Colorado o capricho na finalização. E isso é problema de teor técnico. As vitórias anteriores por placares mínimos mostraram que o Inter estava começando a relaxar neste quesito. Resumindo: tinha oportunidades mas não as aproveitava. Em relação às considerações táticas, o Inter ainda tem algumas dificuldades no enfrentamento com times mais organizados, como o Cruzeiro demonstrou ser em algumas partes do jogo, com saídas rápidas de bola e transições inteligentes em contra ataques. Por estes motivos, técnicos e táticos, o sufoco passado ontem liga um alerta, que serve de lambuja para o progresso na Libertadores: falta ao Inter se "qualificar", para "aumentar" a qualidade. E como resolver isso? Eu não sei, melhor você perguntar lá pro Aguirre.

A polêmica dos pênaltis

Sim, os dois pênaltis marcados em favor do Inter foram LEGÍTIMOS. O entendimento da regra mudou, e o árbitro foi correto. Veja no vídeo abaixo a explicação do especialista em arbitragem Diori Vasconcelos, da Rádio Gaúcha:













segunda-feira, 6 de abril de 2015

Tchau, Fabricio!

O "adeus" acabou de ser confirmado pelo presidente do Inter, Vitório Piffero, em coletiva de imprensa concedida a poucos minutos no Parque Gigante. Piffero foi claro ao afirmar que Fabrício não vestirá mais a camisa colorada, explicando os motivos óbvios que o levaram até esta decisão. Mais de 5 clubes, de acordo com o presidente, entraram em contato com o Inter. A princípio, o ex-lateral colorado deverá ser negociado por empréstimo a outra equipe, com futura preferência de compra. Ainda, segundo Piffero, Fabrício está "muito arrependido" pelo que fez, e deverá vir a público nos próximos dias para pronunciar-se. Ao ser questionado pelos repórteres sobre a pressão do grupo de jogadores em prol da permanência do lateral, Piffero foi claro ao dizer que a decisão é unicamente da diretoria.

Em relação ao empréstimo do jogador para outra equipe, o Inter adotará o sistema de contrato em que  não arque com parte dos pagamentos salariais do atleta. Sendo assim, Fabrício treinará em separado até que a negociação com outra equipe seja concretizada. Vale lembrar que, segundo Piffero, Fabrício ainda está em São Paulo, pois "ainda não se sente à vontade em voltar à Porto Alegre." 


domingo, 5 de abril de 2015

Dupla Grenal - A última rodada e o começo das decisões




Terminou a última rodada do Gauchão, e a partir de agora a fase eliminatória entra em jogo. O Inter, com 34 pontos, conquistados após 10 vitórias, 4 empates e apenas uma derrota, terminou na liderança geral da classificação. Isso dá ao Inter o direito de decisão em casa nas quartas, e, caso avance para as semis e final, o segundo jogo destas decisões também serão no Beira Rio. O Grêmio, encerrando esta fase na segunda colocação, conquistou 30 pontos, com 9 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Confira abaixo o chaveamento das quartas de final do campeonato gaúcho, que iniciam na quarta feira:

Inter x Cruzeiro - RS
Grêmio x Novo Hamburgo
Ypiranga x Juventude
Brasil de Pelotas x Lajeadense

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Grêmio - faltou um "algo a mais"

O time do Grêmio, propositadamente ou não, não evitou o jogo da volta contra o Campinense na Arena. Em um 2x1 composto de altos e baixos, o tricolor não convenceu na noite de hoje. Talvez o campo e o fato da viagem desgastante tenham surtido efeito na hora da bola rolar, mas a verdade é que o time gaúcho custou a encontrar-se em campo. Foi discreto em um primeiro tempo em que Braian Rodriguez - mais uma vez substituído no intervalo - não convenceu. Errou passes, um gol e pouco se apresentou. O time como um todo foi lento na primeira etapa, e o Campinense tentou surpreender em momentos pontuais da partida. No segundo tempo, brilhou Mamute, que entro no ataque, servindo para Douglas, regular na partida, marcar o 1x0. O baque no pênalti contestável, mas admissível, de Matías Rodiguez, foi logo superado por uma bola perfeita de Giuliano para o belo gol de Luann. Giuliano esse que teve boa e consistente atuação. Satisfeito com o 2x1, o tricolor administrou o resultado, com um susto ou outro, e deixou para o jogo da volta a concretização da classificação para a próxima fase. Bom pra Cebolla, que cumprirá mais um jogo de suspensão. E um pouco ruim para o Grêmio, que terá menos tempo de treino, com o jogo de volta marcado entre as semifinais do Gauchão. Para finalizar, faltou "algo a mais" para o Grêmio ter aniquilado o Campinense na Paraíba. Que não falte em outras partidas.

Inter - 1x0 e o surto de Fabrício

Não poderíamos começar a falar sobre o jogo de hoje entre Inter e Ypiranga sem antes citar as lamentáveis e ridículas cenas proporcionadas por Fabrício no Beira Rio. Ou melhor, seria bem mais conveniente nem pautarmos tal atrocidade que realizou o possivelmente (e justamente) EX lateral esquero colorado. O jogo corria normalmente, até que uma vaia (a princípio) ecoou das arquibancadas do Gigante. Todas estas voltadas a Fabrício, que recuara a jogada naquele momento. Em um surto, digamos, psicótico, o "todo educado" PAROU a jogada, LARGOU a bola e hasteou os dedos do meio frente a torcida que reivindicava o lance. Feito isso, foi expulso e, não satisfeito, TIROU a camisa, JOGOU-A no chão re bradou aos céus algumas frases como "eu não jogo mais aqui". Seus companheiros, afoitos e preocupados à volta, tentavam acalmar o todo nervoso Fabrício, mas de nada adiantou. O jogador, já expulso, atravessou o campo ainda esbravejando palavrões, xingamentos e promessas de "nunca mais jogar ali". Fabrício selou sua passagem pelo Inter com algo que deverá envergonhá-lo pelo resto da vida: pelo desrespeito ao clube e à quem o sustenta: a torcida. Que nunca mais Fabrício vista a camisa que hoje ele negou.

Sobre o mais importante, o jogo, o Inter se mostrou intenso em alguns momentos, mas a lerdeza nas transições entre os setores ainda fica presente. O Inter não jogou bem, muito menos o Ypiranga. Com as expulsões, o jogo ficou mais truncado e as equipes não se sobressaíram. O pênalti em cima de Nilmar, justo, foi convertido por um D'Alessandro que tentou buscar o jogo em muitos momentos, mas que cansou e foi substituído. O Inter evolui com as entradas do capitão e a rapidez de Sasha e Nilmar a frente. Dourado jogou bem, e a defesa colorada segurou, seguindo as individualidades. No conjunto, o Inter, hoje líder, voltou a não convencer. Que se melhore.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Análise da dupla: Grêmio ainda melhor e merecimento sem convencimento do Inter

Pelo lado azul, a série de jogos invictos ganhou mais um capítulo feliz, em um 2x0 fácil pra cima do São Paulo de Rio Grande na Arena. O Grêmio foi consistente durante toda a partida, e o adversário pouco deu trabalho para o time de Felipão. Bem postado em campo e com um sistema de defesa impenetrável, o tricolor foi intenso na maior parte do jogo, com boas atuações da maioria dos jogadores escalados por Luis Felipe. Destaque positivo para Luann, que participou ativamente da partida, marcando 2 gols e tendo outras duas chances claras. O destaque individual negativo vai para o centro-avante gremista Braian Rodríguez, que pouco fez em campo, e foi substituído por um competente Éverton no intervalo. Talvez Braian tenha sentido a lesão que afeta seu ombro, e que possa justificar sua atuação ruim no domingo: a de um jogador que não conseguia adiantar-se aos defensores e prendia as jogadas de profundidade e triangulação da equipe. Fora isso, o Grêmio em geral teve outro destaque negativo: o excesso de chances perdidas. A finalização foi um ponto a ser criticado no fim do jogo, quando o Grêmio empilhou chances na primeira etapa e não conseguiu tirar o zero do placar. Sendo este um problema de cunho de técnico, a solução só vem com treinamento. Pontuando: o Grêmio vem muito bem, obrigado, e continua crescendo, com atuações ainda e cada vez melhores.

Merecer sem convencer. Essa é a máxima dos últimos jogos do Inter. Ainda sem esquema e padrão de jogo definido, o Colorado se sustenta nas soluções individuais do elenco comandado por Aguirre. O Inter tem um grupo excelente, ponto. Mas a pergunta que permanece na maioria dos torcedores é: até quando o time continuará ganhando sem mostrar um bom futebol? É perceptível essa questão ao analisarmos o jogo vencido por 1x0 pelo Inter diante de um quase (e depois concretizado) rebaixado União Frederiquense. Não conseguimos ver em momento algum um padrão tático no Inter: sem triangulações, com pouca aproximação de jogadores e um distanciamento ferrenho entre as linhas. Fabrício apoiava, por vezes, sem sentido. Nico não foi tão bem. Anderson mostrou evolução ao entra. Sasha e Valdívia, este último autor do gol da vitória, foram os destaques de um Inter que se sobressai tecnicamente. E foi assim que o Inter ganhou o jogo: no individualismo. O time de Aguirre ainda sentiu os resquícios óbvios da falta do capitão D'Alessandro. Alex foi esforçado, com uma bola na trave e tentativa de passes e lançamentos, mas nada que se compare à organização que o argentino D'Ale impõe em campo. Pra finalizar: por enquanto, Aguirre é respaldado pelos resultados. Quando os mesmos não surgirem... a história passará a ser outra.