|
Empate deixou as duas equipes com 7 pontos cada. |
Aguirre foi ao Equador para empatar. E conseguiu. Em uma apresentação que teve altos e baixos, o Inter arrancou um bom resultado fora de casa para garantir a segunda colocação do grupo. Em uma partida bastante disputada, Inter e Emelec se mantém nas primeiras posições do grupo 4, ambos com 7 pontos cada, sendo que o time equatoriano leva vantagem no saldo de gols. Taticamente, o Inter não foi bem, e tecnicamente teve altos e baixos no decorrer da partida. Confira toda a análise a seguir.
Esquema que não deu tão certo
O 3-6-1 planejado por Aguirre até deu certo quando foi utilizado em jogos do Gauchão. Porém, quando o nível técnico do adversário foi maior, como no jogo de hoje, o sistema não funcionou corretamente. A transição entre o meio e o ataque, isolado na figura de Sasha, não surtiu efeito. Aranguíz não fez boa partida, até por estar voltando de lesão, e a dupla Níco Freitas e Nilton não conseguia deter o ímpeto dos meias do Emelec. O colorado até teve um bom início de jogo, principalmente até tomar o gol. Porém, depois disso, o sistema não conseguiu manter a solidez, e o Emelec assustou diversas vezes com jogadas rápidas pelos lados do campo. O que preocupa é que Aguirre ainda não conseguiu acertar o esquema colorado. Vimos que o 3-6-1 não foi efetivo hoje.
A grande preocupação: o lado esquerdo colorado
No jogo de hoje, mais uma vez, o lado esquerdo defensivo colorado se mostrou um ponto frágil da equipe. as subidas de Fabrício, que jogou mais liberado, colocaram Réver, zagueiro colorado mais aberto no lado esquerdo, em muitas situações 1x1. O Emelec soube explorar esse lado do campo, e a maioria dos ataques da equipe equatoriana aconteceram por aquele lado. A origem do gol de Mena, para o Emelec, foi pelo lado direito de ataque do time do Equador, o lado esquerdo da defesa colorada. Ao meu ver, nos últimos jogos, Fabrício não tem mostrado boas participações, principalmente quando o assunto é a marcação. Por ser um lateral que apóia demais, talvez ele não seja a melhor opção em jogos da Libertadores, principalmente como os de hoje.
Vitinho, a expulsão, o golpe e a sorte
O dedo do treinador deu certo neste caso: Vitinho, quando entrou no intervalo no lugar de Sasha, conseguiu se transformar no amuleto para o gol de empate. Em uma jogada de oportunismo, após o rebote do escanteio, arrematou em um sem-pulo para o fundo do gol, já dentro da pequena área. Instantes antes do gol do Inter, Lastra, meio campo do Emelec que vinha bem na partida, foi expulso ao agredir Réver em uma confusão na área. Vale lembrar que o Inter jogou boa parte do segundo tempo com um jogador a mais, mas infelizmente não soube aproveitar este fato. Era sempre o Emelec que chegava com perigo. Aos 30 do segundo tempo, o futuro do jogo poderia ter mudado de forma: Sasha levou um golpe do goleiro adversário na entrada da área, após receber lançamento. O árbitro da partida sequer amarelou o goleiro equatoriano. O lance, que fez com que Sasha tivesse uma lesão no supercílio, era, ao meu ver, para cartão vermelho. O restante do segundo tempo foi reservado para momentos de sorte para o Inter. Diversas vezes o Emelec chegou com perigo, mas a bola teimou em não entrar. No fim, o empate foi satisfatório para a equipe gaúcha, levando em conta a dificuldade do jogo e as pretensões do Inter para as próximas partidas.